2ª REUNIÃO PEDAGÓGICA CONJUNTA CIEJAS
Iniciamos nossa reunião conjunta com uma recepção
pra lá de especial!
Partindo do mote “Desejamos
flores em seu caminho” @s professor@s dos CIEJAs Santana/ Tucuruvi e Vila Maria/ Vila Guilherme adentraram em nosso Espaço Verdejando por meio de um
caminho de flores e encontraram um pequeno café da manhã para abrirmos nosso encontro.
Ocorrido esse momento inicial, a Coordenadora Geral do CIEJA Vila Maria, profª Suely Hatada, deu as boas vindas a tod@s @s present@s.
Na sequência, o professor Eduardo realizou um alongamento envolvendo a tod@s. A professora Adriana afinada com a proposta do professor Eduardo propôs um exercício de consciência corporal (baseado em teorias do teatro do Augusto Boal) para termos consciência corporal e despertarmos nossos corpos para tudo o que aconteceria
a seguir. Acompanhemos abaixo algumas imagens desses momentos:
Finalizada a primeira etapa relatada acima, os professores
foram direcionados para o Auditório do CIEJA Vila Maria onde iniciaríamos nossos estudos do dia.
Porém... Opa! Opa! E opa! Alguma coisa
estranha no meio do caminho...
Para chegarem até o auditório era preciso
vencer uma barreira, uma porta de elásticos. Essa foi uma dinâmica que
denominamos “Na sua pele”. O objetivo dela foi percebermos (sentirmos na pele: se possível) que a diversidade
também compõe o nosso grupo porque alguns passaram com muita facilidade pelos
elásticos, enquanto outros precisaram de algum tipo de ajuda. Assim, em grupo,
vencemos essa etapa e pudemos, enfim, chegar ao auditório para iniciarmos os momentos mais teóricos.
Uma vez no auditório do CIEJA Vila Maria, previamente havíamos disposto assentos e mesas de modo a formar cinco grupos com seis integrantes em cada um deles, garantindo haver professores de diferentes áreas do conhecimento e dos dois CIEJAs nos grupos no sentido de garantirmos uma diversidade também nesse aspecto. Todos acomodados, retomamos a
análise da dinâmica “Na sua pele” realizando o seguinte contraponto: é importante levarmos em conta as dificuldades e
barreiras vividas por nossos estudantes ao retornarem à escola.
Trabalhando com os conceitos propostos no Currículo
da Cidade abordamos o conceito de equidade lá explicitado, margeando sempre as
definições em uma perspectiva que condiz com nossa realidade. Nos detivemos no
seguinte fragmento de Boaventura Santos citado no Currículo da Cidade:
temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos
inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos
descaracteriza.
Lembramos que a palavra equidade vem do latim e
que significa igualdade, simetria, retidão e imparcialidade. Conversamos sobre
as desigualdades, as distintas formas de aprender e o fato dos professores
levarem em conta as diversas formas de ensinar.
Para que os grupos pudessem pensar um pouco acerca
do movimento crescente de jovens de 15 a 18 anos que chegam em número cada vez
mais significativo, trabalhamos com um exercício de “verdadeiro, falso ou
formando opinião”. Os grupos, deveriam ler afirmações que entregamos a eles e
assinalar a resposta que correspondesse a opinião do grupo. As frases
analisadas foram extraídas da reportagem “30% dos alunos da Educação de Jovens
e Adultos têm entre 15 a 19 anos no
Brasil”. Terminada essa reflexão em pequenos grupos, compartilhamos as
percepções sobre cada tópico.
Uma pausa para nosso café preparado carinhosamente
por noss@s funcionári@s, professor@s e gestor@s
No retorno desse momento e para seguirmos com
nossos sentidos aguçados, fizemos a proposta de uma segunda dinâmica chamada: “In your shoes”. Distribuímos no
tablado do auditório diferentes pares de sapatos com os mais diversos tamanhos
e estilos e cada grupo deveria selecionar 4 pés de cada sapato para tentarem
calçá-los.
As reações nesse momento foram engraçadas. Alguns tentavam a todo
custo caber em um dos sapatos, outros ao calçarem um salto alto se comportavam
de maneira diferente do usual, ficavam encantados e assim pudemos
sensibilizá-los para a questão da empatia e da importância de “calçarmos os
sapatos alheios”, no sentido de nos colocarmos no lugar do outro e compreender
que cada um possui um caminho já trilhado e a nós resta respeitá-lo.
Ainda trabalhando com o conceito de empatia e de
reconhecer as particularidades de nossos estudantes trouxemos como apoio
bibliográfico o livro “Passageiros da Noite: do trabalho para a EJA” de Miguel
Arroyo. Porém, para esse trabalho decidimos realizar uma proposta diferente. Destacamos
alguns trechos desse livro e os conectamos com um curta-metragem documentário que
realizamos para essa reunião a partir dos depoimentos dos estudantes de ambos os CIEJAs. Esse
momento foi bastante emocionante para todos, pois pudemos perceber quão árduo
foi o caminho de muitos e o quanto cada um dos estudantes acredita na escola
como um espaço de retomada de sonhos. Houve um processo de identificação d@s professor@s com o que estavam assistindo porque viram na tela grande seus estudantes falando de seus percalços, de sua alegria ao voltarem a estudar e de estarem no CIEJA. Vejamos abaixo o curta-metragem documentário: O nosso TODOS: Vozes do CIEJAs
Após assistirmos ao curta, pudemos refletir sobre os aspectos recorrentes nos depoimentos dos
estudantes, as expectativas em relação ao seu retorno à escola e que estratégias
podemos traçar para atender da melhor maneira histórias e desejos tão
distintos. Alinhamos a dinâmica do sapato, o curta-metragem e as citações de Arroyo que aparecem no vídeo.
Para complementarmos, no material entregue a tod@s disponibilizamos o capítulo 22 "Trago no meu corpo as marcas do meu tempo" do livro mencionado de Arroyo a fim de ser lido nas próximas jeifs.
Abrimos para a socialização das opiniões e saímos
com a certeza de que não temos todas as respostas, mas que, com certeza, nossas
perguntas conduzem nosso fazer pedagógico para um caminho cuja garantia na
qualidade de uma educação integral, inclusiva e equânime é o nosso maior
desejo.
Para finalizar o encontro, a professora Adriana deu continuidade a dinâmica realizada no início da reunião.
E como iniciamos desejando flores pelo caminho, terminamos oferecendo um pequeno vaso de flores para cada um d@s professor@s.
Que essas flores estejam presentes em nosso fazer pedagógico por meio de sua beleza, delicadeza, aromas e vigor... momento de agradecer: obrigad@ a tod@s que compartilharam conosco na 2ª reunião pedagógica entre os CIEJAs Santana e Vila Maria.
E que venham as próximas!
Equipe CIEJA Vila Maria
MOMENTO CARAS (os momentos mais divertidos e gostosos)
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