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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

2ª REUNIÃO PEDAGÓGICA CONJUNTA CIEJAS


2ª REUNIÃO PEDAGÓGICA CONJUNTA CIEJAS

Iniciamos nossa reunião conjunta com uma recepção 
pra lá de especial!


Partindo do mote “Desejamos flores em seu caminho” @s professor@s dos CIEJAs Santana/ Tucuruvi e Vila Maria/ Vila Guilherme  adentraram em nosso Espaço Verdejando por meio de um caminho de flores e encontraram um pequeno café da manhã para abrirmos nosso encontro. 




Ocorrido esse momento inicial, a Coordenadora Geral do CIEJA Vila Maria, profª Suely Hatada, deu as boas vindas a tod@s @s present@s. 

Na sequência, o professor Eduardo realizou um alongamento envolvendo a tod@s. A professora Adriana afinada com a proposta do professor Eduardo propôs um exercício de consciência corporal (baseado em teorias do teatro do Augusto Boal) para termos consciência corporal e despertarmos nossos corpos para tudo o que aconteceria a seguir. Acompanhemos abaixo algumas imagens desses momentos:










Finalizada a primeira etapa relatada acima, os professores foram direcionados para o Auditório do CIEJA Vila Maria onde iniciaríamos nossos estudos do dia. Porém... Opa! Opa! E opa! Alguma coisa estranha no meio do caminho... 
Para chegarem até o auditório era preciso vencer uma barreira, uma porta de elásticos. Essa foi uma dinâmica que denominamos “Na sua pele”. O objetivo dela foi percebermos (sentirmos na pele: se possível) que a diversidade também compõe o nosso grupo porque alguns passaram com muita facilidade pelos elásticos, enquanto outros precisaram de algum tipo de ajuda. Assim, em grupo, vencemos essa etapa e pudemos, enfim, chegar ao auditório para iniciarmos os momentos mais teóricos.













Uma vez no auditório do CIEJA Vila Maria, previamente havíamos disposto assentos e mesas de modo a formar cinco grupos com seis integrantes em cada um deles, garantindo haver professores de diferentes áreas do conhecimento e dos dois CIEJAs nos grupos no sentido de garantirmos uma diversidade também nesse aspecto.  Todos acomodados, retomamos a análise da dinâmica “Na sua pele” realizando o seguinte contraponto: é importante levarmos em conta as dificuldades e barreiras vividas por nossos estudantes ao retornarem à escola.





Abrimos espaço para que @s professor@s relatassem suas sensações e sentimentos perante esse “obstáculo”. 
Continuamos a reunião realizando um teste baseado no livro: “Quem cabe no seu todos”. Nossa proposta era refletir sobre grupos minorizados (reais ou virtuais) com as quais convivemos. Cada professor recebeu uma lista com diversas ocupações, profissões e características. Deveríamos assinalar os grupos com os quais convivemos. Após assinalarem abrimos para o debate onde perguntamos: quem marcou todos? que não marcou nenhum? quem não marcou três? E assim por adiante. Nossa proposta era refletirmos e inquietarmos @s professor@s a respeito de quem faz parte de nosso entorno. Para tal  projetamos a resposta proposta pelo livro (não como uma resposta definitiva, mas apenas como uma “provocação”):


“Quem deixou de marcar pelo menos um item deve rever o uso que faz da palavra TODOS urgentemente!”


Dessa forma trouxemos à tona o tema da reunião: “Equidade no currículo da cidade: é possível?”. Afinal, a discussão caminhou no sentido de como garantirmos a equidade dentro de um universo tão variado quanto o dos CIEJAs?



















Trabalhando com os conceitos propostos no Currículo da Cidade abordamos o conceito de equidade lá explicitado, margeando sempre as definições em uma perspectiva que condiz com nossa realidade. Nos detivemos no seguinte fragmento de Boaventura Santos citado no Currículo da Cidade:

temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza.

Lembramos que a palavra equidade vem do latim e que significa igualdade, simetria, retidão e imparcialidade. Conversamos sobre as desigualdades, as distintas formas de aprender e o fato dos professores levarem em conta as diversas formas de ensinar.

Para que os grupos pudessem pensar um pouco acerca do movimento crescente de jovens de 15 a 18 anos que chegam em número cada vez mais significativo, trabalhamos com um exercício de “verdadeiro, falso ou formando opinião”. Os grupos, deveriam ler afirmações que entregamos a eles e assinalar a resposta que correspondesse a opinião do grupo. As frases analisadas foram extraídas da reportagem “30% dos alunos da Educação de Jovens e Adultos têm entre 15 a 19 anos  no Brasil”. Terminada essa reflexão em pequenos grupos, compartilhamos as percepções sobre cada tópico.





Uma pausa para nosso café preparado carinhosamente 
por noss@s funcionári@s, professor@s e gestor@s











No retorno desse momento e para seguirmos com nossos sentidos aguçados, fizemos a proposta de uma segunda dinâmica chamada: “In your shoes”. Distribuímos no tablado do auditório diferentes pares de sapatos com os mais diversos tamanhos e estilos e cada grupo deveria selecionar 4 pés de cada sapato para tentarem calçá-los. 
As reações nesse momento foram engraçadas. Alguns tentavam a todo custo caber em um dos sapatos, outros ao calçarem um salto alto se comportavam de maneira diferente do usual, ficavam encantados e assim pudemos sensibilizá-los para a questão da empatia e da importância de “calçarmos os sapatos alheios”, no sentido de nos colocarmos no lugar do outro e compreender que cada um possui um caminho já trilhado e a nós resta respeitá-lo. 
















Ainda trabalhando com o conceito de empatia e de reconhecer as particularidades de nossos estudantes trouxemos como apoio bibliográfico o livro “Passageiros da Noite: do trabalho para a EJA” de Miguel Arroyo. Porém, para esse trabalho decidimos realizar uma proposta diferente. Destacamos alguns trechos desse livro e os conectamos com um curta-metragem documentário que realizamos para essa reunião a partir dos depoimentos dos estudantes de ambos os CIEJAs. Esse momento foi bastante emocionante para todos, pois pudemos perceber quão árduo foi o caminho de muitos e o quanto cada um dos estudantes acredita na escola como um espaço de retomada de sonhos. Houve um processo de identificação d@s professor@s com o que estavam assistindo porque viram na tela grande seus estudantes falando de seus percalços, de sua alegria ao voltarem a estudar e de estarem no CIEJA. Vejamos abaixo o curta-metragem documentário: O nosso TODOS: Vozes do CIEJAs


Após assistirmos ao curta, pudemos refletir sobre os aspectos recorrentes nos depoimentos dos estudantes, as expectativas em relação ao seu retorno à escola e que estratégias podemos traçar para atender da melhor maneira histórias e desejos tão distintos. Alinhamos a dinâmica do sapato, o curta-metragem e as citações de Arroyo que aparecem no vídeo.

Para complementarmos, no material entregue a tod@s disponibilizamos o capítulo 22 "Trago no meu corpo as marcas do meu tempo" do livro mencionado de Arroyo a fim de ser lido nas próximas jeifs.

Abrimos para a socialização das opiniões e saímos com a certeza de que não temos todas as respostas, mas que, com certeza, nossas perguntas conduzem nosso fazer pedagógico para um caminho cuja garantia na qualidade de uma educação integral, inclusiva e equânime é o nosso maior desejo.

Para finalizar o encontro, a professora Adriana deu continuidade a dinâmica realizada no início da reunião. 


















E como iniciamos desejando flores pelo caminho, terminamos oferecendo um pequeno vaso de flores para cada um d@s professor@s.

Que essas flores estejam presentes em nosso fazer pedagógico por meio de sua belezadelicadezaaromas e vigor... momento de agradecer: obrigad@ a tod@s que compartilharam conosco na 2ª reunião pedagógica entre os CIEJAs Santana e Vila Maria. 
E que venham as próximas!







Equipe CIEJA Vila Maria


MOMENTO CARAS (os momentos mais divertidos e gostosos)
































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