DE REUNIÃO PEDAGÓGICA...
Na manhã de sábado, 3 de junho, nos encontramos na Sala de Leitura do CIEJA Vila Maria para nossa 2ª reunião pedagógica de 2017.
Entregamos nossa pauta interativa e pedimos que abrissem pouco a pouca as janelas ao longo de nossa reunião...
De PERFOMANCE... começamos nosso encontro com um momento performático realizado pela assistente da direção, Angélica Oliveira, e pelo coordenador pedagógico, Marcos Eça. A performance tinha como música tema "Cotidiano" de Chico Buarque a fim de refletirmos sobre nossa rotina, nosso fazer pedagógico e escolar... Acompanhe abaixo alguns desses momentos...
Na sequência, ainda abordando a temática da rotina, assistimos ao vídeo-clipe "Diariamente" de Marisa Monte para tratarmos do cotidiano de forma concreta e voltada para os alunos com deficiência...
Finalmente, entregamos apenas a estrofe da música "Duas de Cinco" de Criolo para que colocassem os 4 versos em uma sequência possível. Enfim, esse exercício promove movimentos de polissemia a partir da linguagem, ou melhor, gestos de interpretação é o desejamos promover e produzir nos sujeitos educadores.
Ocorrido esse momento polissêmico, entregamos a letra da música "Duas de Cinco" de Criolo e as professoras/es e funcionárias/os tinham como tarefa criar uma leitura dramática e/ ou performativa...
Após esses primeiros momentos, nos dirigimos ao ato seguinte que se materializava por meio de um origami em formato de pomba... dentro da pomba havia uma palavra que é o
EIXO
de nossa reunião...
Perguntamos aos presentes que palavras possíveis
poderiam haver ali...
Surgiram algumas hipóteses, mas logo no início nos dizeram:
C
U
R
R
Í
C
U
L
O
Aberta o pomba...
revelado o significante...
contamos com a parceria da profª Karin Alexandre Karafigi a fim de ensinar às/ aos presentes como realizar esse origami...
Feitas as pombas, convidamos a todas/ os a colarem-nas no mural/ colcha de retalhos elaborada pelas/ os alunas/ os do CIEJA a partir da (re)leitura do conto "A moça tecelã" de Marina Colasanti a fim de nos mobilizarmos e intensificarmos em relação à Cultura da Paz no CIEJA e na sociedade em geral.
De café da manhã: após esses momentos fomos ao nosso café que contou com a colaboração de todas/os para organizarmos nossa deliciosa mesa.
Alimentadas/ os, nos dirigimos mais uma vez à Sala de Leitura para nos aprofundarmos na discussão do Currículo...
A discussão partiu do material disponibilizado no portal da SME:
São Paulo pensa o Currículo
Núcleo Técnico de Currículo (NTC) coordena
Grupos de Trabalho para a atualização do Currículo. Discussões também acontecem
em escolas e DREs.
A
Secretaria Municipal de Educação está realizando ações para discutir a
atualização do Currículo do Ensino Fundamental da Cidade de São Paulo.
Desde
março de 2017, com a coordenação do Núcleo Técnico de Currículo (NTC), os
Grupos de Trabalho (GTs)
reúnem-se para estudos e discussões sobre a atualização do Currículo da cidade.
Participam dos GTs
professores das EMEFs,
Supervisores Escolares, representantes das Diretorias Pedagógicas e
especialistas das diferentes áreas do conhecimento.
As
discussões, também, estão ocorrendo nas escolas e Diretorias Regionais de
Ensino, envolvendo os estudantes, gestores, professores e toda a comunidade
escolar em prol da construção de um currículo que promova a melhoria da
qualidade na Educação Pública da Cidade de São Paulo.
Em:
http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br//Main/Noticia/Visualizar/PortalSMESP/Sao-Paulo-pensa-o-Curriculo-1
acesso em 28/05/2017.
Assistimos ao vídeo abaixo para nos repertoriarmos e termos musculatura teórica para nossa reflexão:
A seguir propusemos as seguintes questões disparadoras para discutirmos em 3 grupos:
Quais são as necessidades dos alunos do
CIEJA Vila Maria/ Vila Guilherme?
O que os alunos do CIEJA Vila Maria/ Vila
Guilherme precisam aprender em cada módulo?
Qual é nossa concepção de educação a
respeito dos alunos com deficiência? Discorra sobre essa questão.
E qual é nosso olhar acerca dos alunos
com dificuldades de aprendizagem? Comente.
Integramos nosso currículo com as novas
tecnologias? Como realizamos isso?
Explique.
Os educandos participam dessa construção
do currículo no CIEJA? Como isso se dá? Teça comentários.
Após 20, 30 minutos de discussão nos grupos passamos para uma compreensão mais apurada da BNCC:
BASE
NACIONAL COMUM CURRICULAR
A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
É UM CONJUNTO DE ORIENTAÇÕES QUE DEVERÃO NORTEAR OS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS
PÚBLICAS E PRIVADAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO, EM
TODO O BRASIL. A BASE ESTABELECERÁ DIREITOS E OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM, ISTO
É, O QUE SE CONSIDERA INDISPENSÁVEL QUE TODO ESTUDANTE SAIBA APÓS COMPLETAR A
EDUCAÇÃO BÁSICA. FARÁ ISSO ESTABELECENDO OS CONTEÚDOS ESSENCIAIS QUE DEVERÃO
SER ENSINADOS EM TODAS AS ESCOLAS, ASSIM COMO AS COMPETÊNCIAS E AS HABILIDADES
QUE DEVERÃO SER ADQUIRIDAS PELOS ALUNOS.
O
QUE É A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR?
É
um conjunto de orientações que deverá nortear os currículos das escolas, redes
públicas e privadas de ensino de todo o Brasil. A Base trará os conhecimentos
essenciais, as competências e as aprendizagens pretendidas para as crianças e
jovens em cada etapa da Educação Básica em todo país. O documento conterá:
•Competências
gerais que os alunos devem desenvolver em todas as áreas;
•Competências
específicas
de
cada área e respectivos componentes curriculares;
•Conteúdos
que os alunos devem aprender e habilidades a desenvolver a cada etapa da
Educação Básica da Educação Infantil ao Ensino Médio.
•A
progressão e sequenciamento dos conteúdos e habilidades de cada componente
curricular para todos os anos da educação básica.
Qual a diferença entre Base e
currículo?
A Base é uma referência nacional obrigatória, mas não é o currículo. Seu papel será justamente o de orientar a revisão e a elaboração dos currículos nos estados e nos municípios.
A
Base
estabelece os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir,
enquanto o currículo define como alcançar esses objetivos. De maneira simples,
é possível afirmar que a Base indica o ponto aonde se quer chegar. O currículo
traça o caminho até lá.
As
redes de ensino têm autonomia para elaborar ou adequar os seus currículos, de
acordo com o estabelecido na Base – assim como as escolas têm a prerrogativa de
contextualizá-los e adaptá-los a seus projetos pedagógicos.
Um
exemplo prático disso vem da disciplina de Ciências. Se a Base estabelecer que
um dos conteúdos for o conceito de cadeia alimentar, cada rede e cada escola
terá liberdade para escolher, entre outros aspectos, os ecossistemas que
utilizará como referência ao tratar do tema. Assim, uma rede de ensino da
região Norte poderá abordar as cadeias alimentares em ecossistemas da Amazônia;
do Nordeste, na caatinga; do Centro-Oeste, no cerrado; do Sudeste, na mata
atlântica; do Sul, no pampa. E assim por diante.
Qual é o objetivo da Base?
Elevar
a qualidade do ensino em todo o Brasil, indicando com clareza o que se espera
que os estudantes aprendam na Educação Básica. A Base tem o objetivo também de
promover equidade nos sistemas de ensino, isto é, de promover o direito de
aprendizagem da totalidade dos estudantes de todas as unidades da federação, de
escolas públicas e privadas, do interior e das capitais, das zonas rurais e
urbanas, das áreas nobres e das periferias das grandes cidades. Fará isso por
meio de uma referência comum obrigatória para todas as escolas do país,
respeitando a autonomia assegurada pela Constituição aos entes federados e às
escolas.
Ademais lemos e comentamos sobre as 10 competências gerais que orientam a Base Nacional Comum Curricular a partir de postagem do Secretário de Educação, Alexandre Schneider, em seu facebook:
E chegamos a 3 SITUAÇÕES DO COTIDIANO ESCOLAR DO CIEJA.
SITUAÇÃO DO COTIDIANO ESCOLAR 1
W.B.S, 17 anos,
voltou a estudar agora depois de 5 anos afastado da escola. Muitas vezes chega
atrasado e com sinais de consumo de drogas ilícitas. Passa grande parte da aula
com fone de ouvido e alheio as atividades do grupo. Que práticas e quais
atividades podemos desenvolver para envolvê-lo e estimular sua participação?
SITUAÇÃO DO COTIDIANO ESCOLAR 2
L.S.O, 22
anos, tem laudo de síndrome de Down. Oscila momentos de tranquilidade com agressividade,
reluta em ficar na sala de aula, porém
compreende tudo que lhe é explicado. Quais as sugestões de práticas e atividades
para que, de fato, esse aluno seja incluído dentro do contexto de sala de aula?
SITUAÇÃO DO COTIDIANO ESCOLAR 3
R.P.S, 56
anos, frequenta a EJA após mais de 30 anos fora da escola. Consegue realizar
muitos cálculos “de cabeça”, porém tem dificuldade na sistematização das
operações matemáticas, além de apresentar lentidão para fazer a cópia dos
exercícios propostos na lousa. Quais práticas e atividades podem ser
desenvolvidas a fim de estimular sua continuidade nos estudos e preservar sua
autoestima?
Após todo esse trabalho educativo-reflexivo acerca do CURRÍCULO, amarramos (costuramos) nossa reunião assistindo ao CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO TRABALHO
INTERNO
(EUA, 2016) DE LEO MATSUDA para resgatarmos o tema cotidiano, rotina, fazer pedagógico que pode ser díficil, árduo ou prazeroso.
Nós, educadores do CIEJA Vila Maria, optamos pelo trabalho engajado, cidadão e prazeroso o que se materializa por meio do curta-metragem de animação...
Por isso a música tema de nossa reunião teve um "que" de Silvio Santos: lalalalá... lalalalá..
Paul
é um jovem trabalhador que se divide entre o seu lado mais pragmático e sua
parte mais aventureira. Enquanto segue uma rotina entediante e se esforça para
cumprir todas as funções durante seu expediente, ele acaba deixando de prestar
atenção em situações cotidianas que poderiam deixá-lo mais feliz. Nesta
batalha entre cérebro e coração, Paul vai descobrir a importância de encontrar
um equilíbrio na vida e que, às vezes, assumir riscos é necessário.
EM: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-250872/
acesso em 02/06/2017.
E com muita alegria, ânimo e entusiasmo encerramos ("ilusoriamente") nossa 2ª reunião... e que venham as outras!
Marcos Eça
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