Em 28 de Abril, aconteceu no CIEJA o 1º Sarau de 2016. O Sarau Étnico-Racial e Indígena do noturno foi regado de poesia, música, valorização da cultura e história dos povos africanos e indígenas, resgate de nossa ancestralidade e reflexão sobre a pluralidade que nos constitui.
O estudo sobre as relações étnico-raciais na escola é fundamental para a construção de uma sociedade que se reconhece como diversa, que valoriza o outro, que se fortalece no combate ao racismo.
Nosso Sarau fez parte das muitas ações desse 1º Bimestre aqui no CIEJA, onde alunos, professores, funcionários e equipe gestora estudaram, debateram, refletiram, se indagaram e apreciaram o valor das culturas dos povos africanos e indígenas que sempre foram silenciadas por uma hegemonia européia.
Em um primeiro momento fomos convidados a apreciarmos a sala temática da profa. Isabel Pecim e nos enriquecermos com a pesquisa, realizada pelos alunos e alunas do Módulo 1D e 1E, sobre plantas medicinais e seus benefícios para a nossa saúde, pudemos saborear uma diversidade de chás e até água de coco. Além disso, voltamos a ser crianças com jogos e brinquedos de origem africana e indígena.


Pudemos nos encantar também com os trabalhos realizados pelos alunos da profa. Morgana e do prof. João que decidiram fazer uma oficina de pipas colando frases de ilustres e memoráveis escritores da cultura afro e indígena.
A ação foi inspirada após uma reportagem apresentada pelos coordenadores em JEIF sobre o Projeto Céu de Histórias (Instituto Pró-Livro) que distribuíram pipas com textos infantis para crianças de uma comunidade do Rio de Janeiro e outra da cidade de São Paulo com o intuito de incentivá-las a leitura.

Teve uma apresentação bacanérrima do Poema de Solano Trindade - Tem gente com fome! Dos alunos do Módulo 1D:
Teve samba de cartola com as vozes da turma e ao som da gaita do seu Emanuel...
Teve turma que se aventurou a fazer uma performance ao som da Daniela Mercury - Música: Pérola Negra.
Bonita demais essa apresentação, alunas e a professora Aline juntas!!!
Teve leitura de conto "As Mãos dos Pretos" realizada pelos professoras Aline, Gislene, Lourdes e pelo professor João...
Tivemos uma empolgante apresentação ao som do rap
Após a exibição de um vídeo, fomos desafiados a descobrirmos a quem pertencia a história narrada, com ancestralidade indígena.
Tivemos nossos ouvidos e alma massageados pelas poesias de Carlos Drummond e Sergio Vaz...
Teve reflexão a partir da música do Gabriel Pensador: Racismo é Burrice...
Nos divertimos com o Conto o Pequeno Príncipe Negro, com direito a cavalo saindo da platéia, rsrsr e até princesa!
Olha aí a nossa princesa...
Teve gente que subiu no palco pra contar a história da Escrava Anastácia com tamanha propriedade...

Inspirada pela energia da noite, também resolvi fazer uma pequena participação no Sarau, e sob as intensas palavras de Cuti, declamei:
FERRO
Primeiro o ferro marca
a violência nas costas
Depois o ferro alisa
a vergonha nos cabelos
Na verdade o que se precisa
é jogar o ferro fora
e quebrar todos os elos
dessa corrente
de desesperos.
E para encerrar a noite, pudemos contar com a presença do grupo de samba de dois dos nossos alunos, que nos embalou e nos encantou! Como já dizia o grande músico e compositor Dorival Caymmi:

Esse foi o nosso primeiro Sarau de 2016, agradecemos aos professores e professoras pelo empenho e por todo o envolvimento, aos alunos e alunas que se dedicaram e fizeram desse dia muito especial.
Com cada um de vocês nos enriquecemos e aprendemos que é de fundamental importância debatermos temas como o racismo em nossa sociedade combatendo estereótipos e consequente preconceitos.
Por Viviane Moreiras
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