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terça-feira, 9 de abril de 2019

PRA FALAR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, A JEIF PRECISA SER PRA LÁ DE ESPECIAL

PRA FALAR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 
A JEIF PRECISA SER PRA LÁ DE ESPECIAL

Se você tem uma deficiência provavelmente não é sua culpa, mas ficar culpando o mundo ou esperar dó de alguém não vai te ajudar em nada. Você deve manter um pensamento positivo e aproveitar o máximo de cada situação. Se você tem um problema físico, não pode se permitir ter um problema psicológico também.
Nas jeifs do CIEJA Vila Maria/ Vila Guilherme, abordamos temáticas que sejam significativas e trazidas pelos educadores a partir de suas dificuldades diárias.

Nesse movimento, uma questão que se coloca é como trabalharmos com os estudantes com deficiência, que atividades levar para eles, como potencializar seus saberes e valorizá-los, como ajudá-los em relação aos saberes acadêmicos (e não acadêmicos) especialmente a leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático.

Enfim, hoje nos aprofundamos nessa seara.

Para iniciar nossa reunião entregamos a pauta dentro de um envelope em formato de quebra-cabeça para que os educadores a montassem. 
Foi uma delícia! 
Foi um momento relax! 
Foi quase um momento de terapia ocupacional!










Na sequência propusemos uma dinâmica ao grupo. 
Sabemos que não somos "pessoas com deficiência". 
Mas gostaríamos de colocar os professores nesse "lugar".
Para tal, pedimos que se levantassem, colocassem as mãos para trás - a partir desse momento perderam as mãos - e escrevessem seu nome usando um pincel e tintas.
Poderiam usar a parte do corpo que quisessem. 
Inicialmente nos pediram para abrir os potes de tinta e usaram a boca, os pés, o antebraço, escreveram o nome com pingos, empregando técnicas japonesas o que nos faz pensar sobre dificuldades e nas tantas possibilidades  que há ao tratarmos de diversas questões no âmbito escolar.

Os dois vídeos acima retratam esse momento 
como também as imagens abaixo:








 



 

 








Ocorridos esses momentos passamos para um estudo de cada um dos estudantes com deficiência do CIEJA Vila Maria. 
Os professores do período da manhã receberam uma cópia desse material impresso e fomos lendo os slides e complementando as informações com a PAAE Maria Lúcia e pensando em possibilidades de trabalho para cada um dos estudantes. Esse é apenas o início do trabalho, ainda bem que teremos todo o percurso ao longo desse ano.

Organizamos também um documento em que há todos os estudantes com deficiência do CIEJA (abaixo há um modelo de ficha confeccionada para cada estudante) e entregamos uma cópia desse material aos professores que trabalham com eles.
O conceito é o professor saber o que o estudante realiza e o que poderá ser potencializado nas suas aulas a partir desse documento.


Mas apenas detectar e ter dados é pouco,
são necessárias
Intervenções Pedagógicas na EJA
Falarmos de Educação Especial na EJA e encontrarmos estudos, práticas e intervenções pedagógicas é um pouco raro. Geralmente há o olhar para as crianças, ou melhor, os teóricos e acadêmicos não imaginam que um jovem, um adulto e até mesmo um quase senhor(a) possa nunca ter ido à escola. Partindo dessa premissa, decidimos produzir um vídeo em que registramos nossas próprias intervenções no sentido de refletirmos sobre nossa prática e produzirmos cada vez mais material pedagógico significativo ao público do CIEJA Vila Maria/ Vila Guilherme. Então, vamos lá...

Importante dizermos que o CIEJA Vila Maria é uma escola regular da Prefeitura de São Paulo, ou seja, não é uma escola especial. Porém, como recebemos muitos estudantes com deficiência, como educadores estudamos, nos debruçamos e nos aprofundamos em cada vez mais podermos contribuir e melhorar a vida dessas pessoas. Esse é o início de um caminho que precisa, merece e será desbravado por nós.
Angélica Oliveira e Marcos Eça

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