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sexta-feira, 14 de junho de 2019


Y arriba, arriba...
Y dale  que dale...
 Nossa segunda reunião pedagógica

No dia 11 de junho, iniciamos nossa segunda reunião pedagógica cujo eixo temático seria o processo de ensino por investigação com ênfase na área de Ciências da Natureza e Matemática. Para tal entregamos a seguinte pauta:


E nada como iniciar esse dia estimulando a criatividade!

Cada professor recebeu a pauta em formato de Tangram e após recortá-la poderia criar a forma que quisesse. Assim, as pautas eram exclusivas/ personalizadas. Fizeram barcos, flores, um chinês lendo um livro e outras formas abstratas que foram compartilhadas com o grupo. Tudo isso é bom demais porque inspira nosso trabalho diário com os estudantes!


Seguimos com nossa nutrição estética que propunha o desafio: Decifre-me e Devora-me!


Nesta nutrição estética cada grupo de professores (separados por sua área do conhecimento) deveria utilizar estratégias para calcular as medidas dos barbantes coloridos espalhados pelo pátio e escada da nossa escola.

Foi muito divertido acompanhar o levantamento de hipóteses e as estratégias utilizadas para medir cada um dos barbantes.

Acompanhe um pouco desse momento pelo link:


Encerrado o prazo para descobrirem os valores, cada grupo recebeu uma régua de 15 centímetros para conferir o comprimento efetivo de cada barbante. Mais uma vez notamos que as estratégias foram múltiplas...


Fizemos a conferência dos palpites de cada grupo e o vencedor recebeu meia barra de chocolate que tinha 12 pedaços. E agora? O que fazer? Como dividir de forma justa 12 pedaços entre 5 professores (grupo ganhador)? E os demais professores – ao total havia17 professores – não receberiam nada? O grupo vencedor tinha um problemaço matemático para resolver...

Veja no link um pouco sobre o dilema enfrentado pelo grupo vencedor:


Mas como não somos Meu Malvado Favorito, tínhamos uma deliciosa surpresa para nossos professores: 


uma “pinhata” repleta de bombons. E após o estouro todos puderam receber um bombom e continuarmos com nossa reunião.


Na sequência ao planejado trouxemos do livro “O homem que calculava” de Malba Tahan e o conto “O problema dos 35 camelos”. Fizemos a leitura apenas do parágrafo introdutório e deixamos para que os professores pensassem em estratégias para resolução da situação problema apresentada no conto.


Para ajudá-los e tornar mais concreta essa experimentação, cada grupo recebeu um saquinho com 35 camelos.

Pensaram, pensaram, pensaram e.... ninguém chegou a resolução proposta por Beremiz o personagem central do livro.



Após cada grupo compartilhar sua estratégia com os demais, fizemos a leitura da continuação do conto e todos ficaram surpresos como tudo se resolveu.

Lemos também a biografia de Júlio César de Mello e Souza, autor do pseudônimo Malba Tahan.

Os professores partilharam um pouco das impressões acerca do conto e elencamos de que maneira este texto poderia ser trabalhado de forma interdisciplinar.

Para ilustrar ainda mais a proposta de resolução presente no livro assistimos a um pequeno vídeo no qual um professor de Matemática associava o problema da divisão com as frações correspondentes.


Ufa! Quanta coisa! 

Mas se aprendêssemos matemática dessa forma talvez ela não fosse vista como algo tão difícil. 

Já estava quase na hora do café e alguns professores sentiram falta desse momento em nossa pauta. Mal sabiam eles que o café seria uma grande surpresa preparada com muito carinho por toda equipe de funcionários do CIEJA.

E assim, ao chegarem à sala dos professores...


Um arco de bexigas com caveiras mexicanas, um fundo colorido que homenageava Frida kahlo, guacamole, farritas, churros com doce de leite, nachos, tortilhas, pudim de leite.... Arriba, arriba: o México chegou! Ou melhor: a partir de agora nossos cafés serão temáticos, trazendo a culinária típica de alguma região ou país. Aprendizagem em todos os aspectos...


Nutridos corporalmente seguimos para a 
segunda parte de nossa reunião.

Ao retornarmos para nossos estudos, fizemos a leitura dialogada de trechos do capítulo “A prática na sala de aula” do livro Educação Matemática da teoria à prática de Ubiratan D’Ambrosio  que  traz uma visão “chão da escola” e suscitou lembranças de nossos antigos professores, além da necessidade constante de buscarmos inovar nossas práticas.


Pensando tudo isso, nossa reunião contou também com uma experimentação na área de Ciências, na qual os professores receberam pelo celular um GIF que mostrava uma mão biônica construída com papelão, canudos e barbante. Sem receber muitas instruções, deveriam reproduzir a mão que estavam observando. 


A ideia era justamente não dar muitos comandos para que “os erros” fossem um objeto de construção de conhecimento. E assim ocorreu: algumas mãos funcionaram perfeitamente enquanto outras não. Isso levou os próprios professores a questionarem e observarem o seu próprio corpo para analisar o que havia acontecido.


Demonstramos que o conhecimento pode e deve ser construído através da experimentação, do “erro”, do compartilhamento, da coletividade, do lúdico, do prazeroso e com atividades como essas o tempo voa.
Ao final os professores preencheram a avaliação da reunião FELICITANDO, CRITICANDO E SUGERINDO. Leia abaixo os comentários realizados: 

Eu felicito:

- a criatividade sempre evidenciando o pedagógico. Muito rico nosso encontro de hoje.
- a reunião nos agregou muitos saberes e reflexões a respeito do ensino concreto na área de matemática. Admiro sempre a organização em nossas reuniões.
- a organização, a dinâmica das atividades e o café temático maravilhoso.
- as boas práticas norteadas pelas teorias construídas.
- toda a dinâmica da reunião e o que foi proposto nela. As atividades práticas foram enriquecedoras.
- a reunião ser alegre, cheia de ideias e práticas possíveis.
- a dinâmica utilizada: integradora, inteligente...
- as práticas apresentadas, os textos e o café. Realmente é uma formação continuada. Reunião muito leve e proveitosa.
- a pauta, a nutrição estética, o lanche, a criatividade, o empenho dos CPs.
- todas as atividades propostas e o lanche.
- o caráter prático da reunião e a aplicabilidade dos conteúdos.
- surpreendente pela proposta, pela organização e pelas dinâmicas.
- todas as atividades desenvolvidas, pertinentes, interessantes e viáveis.Trouxeram muitas ideias e enriqueceram grandemente a nossa aprendizagem.
- a escolha dos materiais, a organização, a seleção dos textos e as experiências. E o lanche! Tudo foi incrível!Obrigada! Saio com mais inspiração em minha prática.
- tudo muito criativo. É sempre bom valorizar a área de exatas que é tão "sofrida" para a maioria dos alunos.
- a leitura do conto "O caso dos 35 camelos"de Malba Tahan. O café estava muito bom. A matemática na prática ótima. E as várias formas de solucionar questões problemáticas.
- achei ótima a reunião, pudemos trocar várias experiências e práticas. 

Eu critico:

- a mim mesmo por não chegar nem perto da criatividade e interação dos CPs.
- gostaria que fosse evidenciada mais a interdisciplinaridade de forma concreta.
- o não uso da calculadora.
- a leitura após o café, acaba ficando "cansativo".


Eu sugiro:

- que nossa equipe gestora continue sempre impecável, acolhedora e competente.
- que possamos pensar no concreto em outras disciplinas.
- continuar com a mesma disposição.
- a leitura e a discussão antes do intervalo e/ ou divisão das atividades práticas (antes e pós intervalo).
- ter mais assim.
- manter sempre esta dinâmica, pois os trabalhos e as discussões fluem de maneira positiva.
-  continuem assim, reuniões que não causem ansiedade.
- mais reuniões envolvendo a área de Ciências da Natureza e Matemática.
- trabalhar práticas/ jogos/atividades com alunos com deficiência.
- sugeriria a continuação do trabalho.
- outras reuniões pedagógicas no mesmo nível.
- trabalho voltado para arte, na produção, colocar a mão na obra.
- gostaria de ter algumas dinâmicas de LC e CH, já tivemos de arte e informática. 

E encerramos esse dia mas não nossos estudos que seguirão cotidianamente e em nossas jeifs e reuniões pedagógicas. Que venha a próxima onde onde ainda falaremos de jogos matemáticos e a matemática cinema.

Angélica Oliveira e Marcos Eça
Coordenadores Pedagógicos

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