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quarta-feira, 17 de maio de 2017

PAUTA interativas e criativas NA JEIF...

Movimentos, gestos e olhares interativos e criativos 
nas pautas das Jeifs do CIEJA Vila Maria

Criar? recriar? DEScriar?

Tecer? Destecer? REtecer?

Pensar? (re)PENSAR? (des)pensar ou dispensar?

Refletir? (des)refletir? RErefletir?

Entender e DESENTENDER?

INVENTAR? desinventar? REINVENTAR?

Enfim... dicotomias há algum tempo me movem e DESmovem...

Por essa razão (e outras mais) me propus um desafio para as reuniões de Jeif que coordeno no CIEJA Vila Maria com o apoio da direção, ou  melhor, optamos (conscientemente) em levarmos a nossas reuniões (sempre que possível) PAUTAS interativas/ reflexivas, com olhares diferentes, criativos, inventores e, quiçá, mobilizadores...

Pensando no dito acima, tínhamos um desafio: propor uma, quem sabe duas e até três reuniões em que a temática é IDENTIDADE. Para tanto, começamos a nos questionar e criar/ inventar/ tecer/ pensar/ refletir sobre: o que é identidade? quem sou eu? quem é você? quem somos nós?

E chegamos a um conceito que talvez nos aponte para um caminho a fim de esboçarmos fios de respostas para esses questionamentos: tal conceito é o de BRICOLAGEM... Nossa identidade seria próxima a um processo de bricolagem em que não estamos prontos, mas nos constituímos ao longo de um processo constante e a partir de nossa relação com o outro...


Possivelmente um SUJEITO "revestido em/ de bricolagem" possa materializar o que entendemos por identidade(S) ou até possamos falar em MALHAS IDENTITÁRIAS...

A partir de tal, elaboramos a seguinte capa da pauta para a Jeif de 16 maio em que a identidade é nosso eixo:



Pensando em tudo isso, ao abrirem a pauta, propusemos os seguintes questionamentos aos professores e refletimos sobre eles:


Entregamos também uma faixa como uma régua de 30 cm em EVA azul que seria nosso caminho a percorrer, isto é, nosso eixo, nosso sentido, nosso chão... O que faríamos com essa faixa? Somente ao final da reunião seria revelado.

Mas antes acompanhe as páginas de nossa pauta:



PÁGINA 3




A partir dessa página, conversamos sobre as questões acima, filosofando um pouco mais do que dando respostas certeiras e únicas para começarmos a pensar sobre a IDENTIDADE através do trailer  e de uma cena do filme O Palhaço (Brasil, 2011) de Selton Mello:



Conversamos sobre o protagonista do filme que é um artista que não tem identidade, o documento de identidade, seu RG e o quanto isso é simbólico em relação a sua crise de identidade, em querer continuar sendo um artista ou não: essa cena pode ser encontrada em 1h 5min e 5seg do longa-metragem.

MAS é importante lembrarmos que havíamos planejado antecipadamente - dado que montamos um calendário com os professores do que realizaremos em cada uma de nossas Jeifs durante o 2º bimestre (teremos esse gesto/ movimento nos 3º e 4º bimestres) - que estudaríamos o tema a partir do que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman propõe em sua teoria a respeito do que define como modernidade líquida e modernidade sólida.

Para introduzirmos a obra de Bauman, assistimos a dois fragmentos da seguinte entrevista dada ao programa Pensamento sem Fronteiras (de 0 a 7min e de 17min a 22min):


E chegamos finalmente em seu livro Identidade: decidimos ler alguns excertos de sua obra para discutirmos todas essas questões e muitas outras que possam surgir...


Além do mais, complementamos e ampliamos o estudado por meio da indicação da obra A identidade cultural na pós-modernidade de Stuart Hall e uma entrevista de Bauman abordando a modernidade líquida e a educação.

PÁGINA 4

Na próxima Jeif, 23 de maio, terminaremos a leitura do texto de Bauman e nos aprofundaremos um pouco mais. Ainda veremos um trecho do filme Macunaíma (Brasil, 1969) de Joaquim Pedro de Andrade para refletirmos sobre a identidade do brasileiro e começaremos a dirigir nosso olhar para a identidade das pessoas com deficiência por meio do estudo do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015) e uma eflexão a partir do vídeo O que é privilégio? 

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Também ampliaremos todas essas questões por meio do trailer do filme Fragmentado (EUA, 2017) de M. Night Shyamalan...


...para pensarmos sobre as malhas identitárias. Terminaremos com um pouco de literatura pensando nos heterônimos de Fernando Pessoa...



Ufa... um trabalho de tecitura, de criação e inventividade.

E o que fizemos com a faixa azul de EVA?



Simulamos a banda ou fita de Mobius no sentido de que ao mesmo tempo que vemos dois enxergamos um, ou melhor, talvez essa fita materialize o quanto nós como sujeitos somos multifacetados, múltiplos, vários, diversos, diferentes.
Enfim... temas polêmicos que nos fazem pensar a respeito de nossas educandas/os e nosso território enquanto educadoras/es. E seguimos/ seguiremos pensando...
Marcos Eça

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