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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

SCRAPBOOK (BIOGRAFIA E PESQUISA)

POLÍTICA E ECONOMIA: DIGNIDADE E CIDADANIA. 
                                  
SCRAPBOOK (BIOGRAFIA E PESQUISA)

Passo a passo: livro de recortes

            Partindo da temática política e economia, visando desenvolver habilidades de leitura e escrita e educando para a cidadania, a área de Linguagens e Códigos começou apresentando o texto Analfabeto Político de Bertolt Brecht junto com uma charge de Angeli  (calça nova). Depois da análise, muitos alunos se identificaram com o texto.
Para dar maior significado a palavra “política” a professora Beth Squio leu um trecho do livro “Quarto de despejo” de Carolina Maria de Jesus.
       – 20 de Maio de 1958 “Quando um político diz nos seus discursos que está ao lado do povo, que visa incluir-se na política para melhorar as nossas condições de vida pedindo o nosso voto prometendo congelar os preços, já está ciente que abordando este grave problema ele vence nas urnas. Depois divorcia-se do povo. Olho o povo com os olhos semicerrados. Com um orgulho que fere a nossa sensibilidade” (p. 34)
A autora Carolina, pobre e favelada, mostra uma visão muito firme e lúcida sobre os políticos e a sociedade da época. Percebe que a atuação deles voltava-se a uma realidade social muito distante da que a favela enfrentava. Com esta leitura, os alunos entenderam que poderiam contribuir escrevendo sobre a realidade deles também, e o primeiro passo foi escrever como a política influenciava suas vida.
Pedi que fizessem uma pesquisa escrita sobre os acontecimentos políticos e econômicos do ano em que nasceram. Eles trouxeram fatos políticos, mas também outros assuntos como música, televisão, comerciais de televisão, filmes e costumes. Embora eu tivesse restringido a pesquisa, senti que poderia aproveitar a curiosidade deles.
Foi assim que surgiu a ideia de que eles fizessem um álbum de recortes com fotos. Um aluno disse que gostaria de colocar uma moeda do ano de nascimento, não deixei que colocasse a moeda, pois era algo de valor e eu ficaria com a pesquisa, mas disse que ele poderia colocar a foto e que todos poderiam colocar várias coisas como bilhetes, botões, papéis, manuais, recordações, folders e desenhos como num “Scrapbook”.
A ideia cresceu e a autobiografia deles foi ampliada, e utilizamos revistas, fotos, jornais, barbantes e outros materiais disponíveis.

Os “Scraps” ficaram mais ou menos nessa ordem: Quem sou eu, ano em que nasci fato político ou econômico, dados educacionais, trabalho, família, lazer e preferências.

SCRAPBOOK (BIOGRAFIA E PESQUISA)

As histórias de vida dos educandos são importantes no processo de ensino e aprendizagem  na Educação de Jovens e Adultos, pois o conhecimento desta realidade  provoca a valorização da identidade, da vivência e de  especificidades dos alunos.
Assim, a união da autobiografia com a pesquisa de acontecimento político ou econômico, do ano de nascimento dos alunos, trouxe esta grande oportunidade de conhecimento.  
Além disso, conseguimos um trabalho interdisciplinar  com a arte ( apresentação oral e confecção do livro de recortes ) , com a Língua Portuguesa   ( biografia e pesquisa), com o inglês ( reconhecimento do vocabulário dos Scrappers” ( Quem faz a montagem de páginas de scraps) com as Ciências Humanas  ( pesquisa de acontecimentos históricos) e  com Ciências da Natureza ( arte com utilização de materiais reciclados)

Scrap é uma palavra da língua inglesa cujo significado pode ser “fragmento”, “pequeno pedaço” ou “bocado”. 
scrapbook é uma terminologia em inglês usada para definir um livro com recortes, é uma técnica de personalizar álbuns de fotografias ou agendas com recortes de fotos, convites, papel de balas e qualquer outro material que possa ser colado e guardado no interior de um livro, é um processo que mistura fotografia e artesanato. Sua produção se dá com confecção de folhas coloridas com temas personalizados que conduzem ao mesmo sentido da foto ali anexada.
Scrapbooking é o ato de confeccionar, é o trabalho de organizar as memórias e fazer a arte da decoração, tendência mundial em se tratando de artesanato em papel, criar álbuns que contam as suas histórias, registrando assim suas memórias, através do uso de fotos, papéis decorados, enfeites e o que sua imaginação mandar

Fonte: http://www.scrapbookbrasil.com/ acesso em 15/07/16.





 

 















Professora Beth Squio

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

CIEJA CINECLUBE: QUE HORAS ELA VOLTA?

CIEJA CINECLUBE: QUE HORAS ELA VOLTA? 
de ANNA MUYLAERT

Na última quarta-feira, realizamos a 3ª sessão do CIEJA CineClube desse ano. Assistimos ao filme Que horas ela volta? (Brasil, 110min, 2015) de Anna Muylaert. 
Como sabemos, a proposta do cineclube é vermos o filme e discutirmos, debatermos sobre os temas e as questões que a obra audiovisual podem suscitar levando-se em o fato de ser uma obra de arte.
O debate foi acalorado porque muitos diziam que a Jéssica (Camila Márdila) do filme é uma metida e folgada. Discutimos um pouco a respeito do que é conhecermos nossos direitos e deveres e não sermos melhores ou piores do que ninguém. 
Alguns alunos comentaram sobre o papel dos avós ajudarem na criação dos netos. Comentamos também sobre os conflitos de classe no Brasil, a respeito de empoderamento, de acesso à univerdade (particular ou pública) e à mudanças que começam a ocorrer em nosso país a partir do momento em que Michel Temer ocupou o cargo de presidente do Brasil.
Enfim, conversamos sobre nossas vidas e a vida dos mais diversos brasileiros. 

Quem é Anna Muylaert, a direta do filme:

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Anna Muylaert (São Paulo, 21 de abril de 1964) é uma roteirista e diretora de cinema e televisão brasileira.
Anna estudou cinema na Escola de Comunicação e Artes da USP. Como roteirista participou das equipes de criação dos programas Mundo da Lua (1991) e Castelo Rá-tim-bum (1995) da TV CulturaDisney Club (1998), do SBT, e Um menino muito maluquinho (2006), da TVE Brasil, além de ter escrito o episódio do Open a Door :"O menino, a favela e as tampas de panela", dirigido por Cao Hamburger.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anna_Muylaert

Trailer do filme:

Filme disponível no youtube:

Algumas imagens dos alunos na sessão







Marcos Eça

E fomos ao teatro ver a peça PEER GYNT

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Autor Desconhecido


PEER GYNT

Peer Gynt é uma peça teatral em 5 atos, escrita em versos pelo dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, e publicada em 14 de novembro de 1867, em Copenhague, capital da Dinamarca.


Henrik Ibsen (1828 - 1906)


Autoria de Henrik Ibsen

Adaptação e Direção de Gabriel Villela

Com Chico Carvalho, Dagoberto Feliz, Daniel Maia, Daniel Mazzarollo, Leonardo Ventura, Leticia Medella, Luciana Carnieli, Marco França, Marco Furlan, Maria do Carmo Soares, Mariana Elisabetsky, Mel Lisboa, Nábia Vilela, Rogerio Romera e Romis Ferreira.

Peer Gynt narra as aventuras e desventuras do jovem sonhador que dá título à peça.  Ao sair de uma pequena vila na Noruega para ganhar o mundo, ele encontra seres mágicos, como duendes e ninfas, passa por diferentes paisagens, enriquece de maneira ilegal e perde tudo em seguida. Assumindo diferentes identidades, ele substitui o lema dos homens “seja você mesmo” pelo o dos Trolls, “basta a ti mesmo”, o que o faz agir apenas a favor dos seus interesses.  Ao retornar à sua terra natal, ele precisa lidar com as consequências desse seu espírito sem escrúpulos. Para apresentar esse épico, a encenação conta com o espírito transgressor do rock’n roll, com músicas dos Beatles, Queen e The Doors tocadas ao vivo pelo próprio elenco.

http://www.sesisp.org.br/cultura/teatro/peer-gynt.html


Quarta-feira, 19 de outubro, nos encontramos às 12:30 na porta do CIEJA Vila Maria para irmos ao teatro do SESI na Avenida Paulista. Detalhe: para chegarmos a nosso destino fomos de transporte público (algo que fizemos algumas vezes no CIEJA, mas nesse ano foi a primeira vez). 








Tomamos o ônibus no centro da Vila Sabrina e rumamos ao metrô Tucuruvi. Durante o percurso conversamos, trocamos com os alunos, tiramos fotos no ônibus público (algo que nós professores raramente fazemos com os alunos) e chegamos ao metrô Tucuruvi. Metade do caminho cumprido.

































Apesar do dia quente, o trem do metrô que pegamos tinha ar-condicionado o que tornou nosso trajeto bem agradável. 

As trocas, os bate-papos, as histórias, as escutas continuavam... algo fundamental para a educação dos dias de hoje.

E no horário previsto, por volta das 14:00 chegamos ao teatro do SESI. 











Nos acomodamos e esperamos pelo início do espetáculo.
O texto de Ibsen não é fácil, porém a atuação dos atores, o figurino, o cenário e as músicas inseridas na peça tornaram o espetáculo um presente para todos nós do CIEJA.

E quantas interpretações podemos fazer a partir desse contato com a arte? Inúmeras... um personagem a procura do seu próprio eu; assumir diferentes papéis; viver sem pensar nas consequências de seus atos... enfim, uma gama de temas emergem da peça Peer Gynt.




Como não poderia faltar, uma foto para a posteridade...

Voltamos à escola alimentados como alunos e professores para continuarmos nossos trabalhos e nos inspirarmos para que se repitam momentos de troca como esse.

Obrigado à equipe do SESI por nos proporcionar essa oportunidade.

Agradecemos também as professoras Débora Vicente e Lourdes Silva que prontamente se disponibilizaram a se aventurarem conosco pelos territórios de São Paulo.

Marcos Eça e Viviane Moreiras
Coordenadores Pedagógicos