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sexta-feira, 22 de junho de 2018

Reunião Pedagógica: Pensamento Investigativo, Sentidos e Curiosidade

O eixo da nossa Reunião Pedagógica foi o pensamento investigativo através da exploração dos sentidos e da curiosidade.

Aliada as Orientações Didáticas do Currículo da Cidade que entendem que "o professor poderá ter o apoio necessário para ser um pensador criativo que alia teoria e prática como vertentes indissociáveis do seu fazer e de sua atuação pedagógica, pensando sobre os instrumentos e estratégias a serem utilizados para levar todos os estudantes – sem exceção – ao conhecimento e, portanto, ao desenvolvimento de suas ações mentais, possibilitando-lhes acessar novas esferas de pensamento e linguagem, atenção e memória, percepção e discriminação, emoção e raciocínio, desejo e sentido" (Orientações Didáticas do Currículo da Cidade. Ciências)  oferecemos a nossos professores uma pauta interativa na qual a curiosidade os conduzia a descobrir quais seriam as atividades do encontro. Nossa pauta tinha várias filipetas que poderiam ser abertas uma a uma ou todas para sabermos os "fios" da nossa reunião. Veja abaixo algumas imagens:


















Além da pauta, montamos uma mesa em que havia uma apostila com a capa dos Minions para trabalharmos em equipe, cartas de baralho para desvendarmos questões, materiais de papelaria para confeccionarmos algo, faixas pretas, um pequeno globo, adesivos e até balas. Todos esses ingredientes eram necessários a nossa reunião.











APOSTILA ENTREGUE AOS PROFESSORES



INÍCIO DA REUNIÃO E BOAS VINDAS

Começamos a reunião lendo a seguinte epígrafe de Conceição Evaristo:

Nem todo viandante
anda estradas
há muito mundos submersos
que só o silêncio da poesia penetra








A seguir, realizamos uma dinâmica sinestésica aguçando tanto a audição quanto o tato. Vendamos os olhos dos professores, mas tivemos o cuidado de perguntar se alguém não se sentia à vontade de participar dessa dinâmica (apenas um professor preferiu não participar e ajudar a equipe gestora). Com os olhos vendados ouviam a leitura de um texto gravado por nós e pedíamos que manuseassem a argila para realizarem uma obra, uma escultura que refletisse esse momento na escola. Acompanhe no vídeo abaixo e nas imagens o que estamos explicando:




















(Na semana seguinte a reunião, expussemos as esculturas dos professores e convidamos aos estudantes a escreverem elogios, comentários, pensamentos aos educandos do CIEJA no mural) 




Dando sequência a reunião, os professores analisaram uma atividade sobre as fases da Lua. Nessa atividade, há um texto e cinco questões sobre ele. Percebemos que o conhecimento não vem dos estudantes, mas é algo dado e pronto, ou melhor, é uma atividade pouco reflexiva e mobilizadora. Trouxemos uma segunda atividade com o mesmo tema chamada Projeto Lua de São Jorge por ser bem mais investigativa, reflexiva e significativa para a escola atual por trazer o conhecimento prévio dos estudantes e provocá-los em diversos momentos, a curiosidade sendo a mola desse projeto. Veja algumas imagens dos professores lendo e discutindo a primeira atividade e o vídeo da segunda atividade mais abaixo:







Desse modo, os professores e a equipe gestora tiveram a oportunidade de refletir sobre boas práticas e reavaliar seu próprio trabalho. 

Uma pausa: fomos para nosso café preparado e servido com muito carinho porque nos alimentarmos em ritmo de corações (nosso reunião aconteceu no dia 12 de junho) é gostoso demais.







Retomamos a reunião com fome de saber. O coordenador pedagógico Marcos Eça leu um trecho do romance A Hora da Estrela de Clarice Lispector em que Macabéa conhece Olímpico, seu namorado para trazermos o tom da importância da narrativa (contação de histórias) e a necessidade da curiosidade para nossas práticas pedagógicas rotineiras.



Na sequência, os professores divididos em três grupos deveriam escrever em um cartaz o que entendem por pensamento investigativo. Acompanhem esse momento abaixo:




 





Passamos para um dos momentos mais gostosos da nossa reunião: o experimento do barquinho. Para realizarmos esse experimento, entregamos um recipiente com água aos professores, folhas de papel alumínio e vinte e quatro arruelas. Deveriam conseguir construir uma embarcação em que colocariam as 24 arruelas de modo que a embarcação continuasse flutuando, ou seja, não afundasse nem um pouco. O desafio foi ótimo porque surgiram as mais diversas embarcações, hipóteses, discussões, fundir a cuca e trocas. Algumas embarcações afundaram, enquanto outras não.












Após esse momento, assistimos a alguns trechos do seguinte vídeo que explica o que está por detrás desse experimento:




E lemos um trecho das Orientações Didáticas do Currículo da Cidade - Ciências por tratar das Práticas e Processos de Investigação no âmbito escolar. Conversamos também sobre o empuxo que é o conceito por detrás desse experimento. Discutimos sobre a importância da investigação estar presente em nossas práticas educativas.




Para encerrar, relembrando a importância de mantermos a curiosidade viva em nossa prática, fizemos um QUIZ com algumas perguntas existentes na  música "Oito anos - Gabriel" (usando as cartas de um baralho) interpretada por Adriana Partimpim que retoma várias perguntas que toda criança já se fez algum dia. 



Após respondermos as questões, cantamos juntos a canção e saímos com um sabor de que discussões como essas são importantes por nos tornarmos mais conscientes e preparados para os desafios da escola atual porque nos auxiliam em nossa formação. Que venham os momentos de formação e a próxima reunião pedagógica no dia 11 de agosto.
Angélica Oliveira e Marcos Eça