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segunda-feira, 3 de julho de 2023

PALESTRA - HERBE DE SOUZA

 PALESTRA - HERBE DE SOUZA



No dia 30 de junho, toda a comunidade escolar foi convidada para participar de uma palestra com a professora trans-feminina Herbe de Souza.


A coordenadora pedagógica Angélica iniciou apresentando a palestrante e o tema LGBTQI+. Destacou que seria uma roda de conversa e  de grande importância para o fechamento do tema preconceito trabalhado no 2º bimestre. 

A Herbe começou com um boneco de gênero e explicando os conceitos: identidade de gênero, orientação sexual, sexo biológico e expressão de gênero. Conhecer essas categorias é importante para a gente olhar de outras formas as questões da sexualidade/gênero.  É um caminho para diminuir os julgamentos e os preconceitos. 

Ela destaca que a ideia de gênero que temos na atualidade foi resultado de uma construção social atribuida ao sexo. Ela exemplificou isso na famosa frase “ cuidar da casa é coisa de mulher”. A palestrante ainda apresentou um vídeo chamado “Por que lavar roupa é só da mãe?” , no qual, mostra um pai se lamentando da criação patriarcal que deu a sua filha, pois a vê  casada, cansada e com várias obrigações dentro de casa. Algo que não percebeu no seu  marido. Hoje sabemos que os afazeres domésticos são de responsabilidade de todos da casa, mas ainda muitos repetem essa frase e  essa rotina injusta de responsabilidades domésticas.

Comentou também que as pessoas separam os brinquedos: aqueles que são para homens e aqueles que são para mulheres.  Orienta para tomarmos cuidado com aqueles que reforçam  o papel diminuído da mulher na sociedade. Comenta que precisamos mudar essa postura de segregação. Sugere que devemos oferecer todos os tipos de brinquedos para ambos os gêneros, escolher os  naturais, com todas as cores…Deixou bem claro para todos nós que brinquedo não define gênero. 

A Herbe não poderia  deixar de fora as leis (Constituição Federal Brasileira - 1988;  o Estatuto  da Criança e do Adolescente - 1990; e os Direitos Humanos) que amparam a população brasileira e é de  grande importância a comunidade LGBTQ+, pois estes últimos sofrem  uma grande violência e não são respeitados os seus  direitos em nosso país. Ela apresenta isso em alguns vídeos,  demonstra muitas histórias de crimes de ódio, que são  chocantes e inaceitáveis. 

Em um dos vídeos, em uma entrevista no programa “Dia Cast” ,  o apresentador de fofocas “Fefito” falou  que sofreu  bullying desde criança por ser gay. Pede para a gente não deixar as pessoas  LGBTQI+   ficarem sozinhas nessa luta de direitos.  Ele diz que se tivesse mais amigos na sua infância,  ele teria sofrido menos. 

No final, a palestrante Herbe deixou muitas dicas de livros que ajudam a repertoriar a todos nós sobre o tema discutido:


Amoras - Emicida

Minhas duas avós - Ana Teixeira

O irmão que veio de longe - Moacyr Scliar

Minha criança trans? Thamirys Nunes

Minha família colorida - Georgina Martins

Sejamos todos feministas - Chimamanda Ngozi Adichie

Diversidade - Tatiana Belinky

De Cadu a Duda - Dani Balam

Educação Infantil: Pra que te quero? - Carmem Maria Craidy


Essa palestra cumpriu com a proposta de pensarmos um pouco sobre as questões relacionadas à sexualidade/gênero na escola e na sociedade. Saímos indignados com os vídeos de violência sobre as comunidades LGBTQI+. Ao mesmo tempo esclarecidos e fortalecidos para não nos calarmos diante desses crimes. Só assim, podemos ter esperança de uma sociedade melhor para todos. 

Musical: Luis Gonzaga - CEU Tremembé

No dia 30 de junho, os estudantes apreciaram a peça musical Luís Gonzaga no CEU Tremembé. A peça contava a cultura do nordeste, baseada nas músicas do cantor e compositor Luís Gonzaga. 

A encenação retratava a vida das pessoas que residiam no sertão, a seca do local, o trabalho na lavoura e a produção da farinha. 

Na labuta aconteciam longos diálogos, as dificuldades no trabalho, os sonhos de morarem em outros estados com mais recursos, retratava o retorno de algumas pessoas que não conseguiram realizar os sonhos nas cidades grandes.

O lazer acontecia nos forrós, nas casas de pessoas conhecidas e era nesses bailes que as pessoas esqueciam os sofrimentos e se divertam ao som do rei do baião Luís Gonzaga.

Nossos estudantes interagiram na peça, dançaram e se emocionaram relembrando os tempos que moravam no nordeste e passavam pelas mesmas situações. Voltaram felizes a espera do próximo passeio.